A Escola Nacional de Ciências Estatísticas convida para a Defesa de Monografia intitulada:
"GEOGRAFIA COMUNITÁRIA NO MAPEAMENTO DO CALOR URBANO: A IMPORTÂNCIA DE UM MONITORAMENTO PARTICIPATIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PLANEJAMENTO URBANO INSURGENTE"
Aluno: Rayza Emanuella Jesus de Sousa
Data: 12 de dezembro de 2024 – Quinta-Feira
Horário:09h00m
Resumo:As mudanças climáticas antropogênicas têm provocado impactos diversos nas grandes metrópoles, sobretudo em se tratando das ilhas de calor urbanas, fenômenos caracterizados por contrastes térmicos significativos e persistentes verificados entre zonas urbanas e rurais ou mesmo entre áreas de uma cidade. Em razão desse cenário, a agência norte-americana NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), em parceria com a agência NIHHIS (National Integrated Heat Health System) e a empresa CAPA Strategies, desenvolveu a campanha Heat Watch, com a intenção de monitorar e mapear o calor urbano na escala da exposição da população, promovendo ações de coleta de dados com as comunidades locais impactadas. Em 2022, o GeoClima/UFRJ (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Geografia do Clima) sediou a campanha no Brasil, nomeada localmente de “Projeto Observatório do Calor do Rio de Janeiro (POCRJ)”. Com base nos princípios da Geografia Comunitária e apoiando-se nas propostas da Geografia Física Crítica (GFC) e da Geografia do Clima, o objetivo deste trabalho foi analisar as estratégias de engajamento comunitário para o fomento da coprodução de conhecimento científico por meio do monitoramento participativo de calor na cidade do Rio de Janeiro. Para isso, os procedimentos metodológicos implementados foram divididos nas etapas: i) preparação de material; ii) engajamento e divulgação; iii) voluntariado; e iiii) execução da campanha. Como resultados, foram realizados conteúdos de divulgação científica, e informativos sobre a campanha, além de vídeos de entrevistas com trabalhadores expostos ao calor. Eles resultaram em um alcance médio de 500/1.000 clicks por post, tendo sido fundamentais para a mobilização dos voluntários. Ainda, houve a “divulgação orgânica” nas redes sociais e a divulgação na imprensa tradicional. Desse modo, avaliou-se que as estratégias de divulgação, mobilização e engajamento foram eficientes e fundamentais na articulação com as comunidades locais para a concretização das ações de monitoramento participativo do calor urbano e a importância disso para o desenvolvimento de um planejamento urbano insurgente.
Palavras-chave:Coprodução de conhecimento; Ciência cidadã; Calor urbano; Planejamento insurgente.
Banca examinadora:
Dr. Romay Conde Garcia (ENCE/IBGE) - Orientador
Dra. Núbia Beray Armond (UFRJ) - Coorientação
Dr. Rodrigo da Silveira Pereira (DGC/IBGE)
Dr. Patrick Nascimento da Silva (Indiana University Bloomington)
Coordenação de Pós-Graduação
Angelita Alves de Carvalho