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Monografias 2015

1. MINERAÇÃO DE COBRE EM CANAÃ DOS CARAJÁS, DESENVOLVIMENTO E IMPACTOS SOCIECONÔMICOS: PARA QUEM?
Autor: RAPHAEL VILLELA ALMEIDA
RESUMO: O município de Canaã dos Carajás, localizado na Mesorregião do Sudeste Paraense, e situado na Província Mineral de Carajás, experimenta um intenso processo de transformação social, econômica e territorial desde o ano de 2002 quando a mineradora Vale inicia a implantação do, até então, maior projeto de mineração de cobre do país, o Projeto Sossego, cuja operação tem início em 2004. A magnitude destas transformações é sintetizada tanto pelo crescimento da população, quanto do Produto Interno Bruto municipal medidos pelos Censos Demográficos de 2000 e de 2010. Neste período, a população canaãnense aumentou de 10.992 para 26.716 habitantes, enquanto que o PIB local saltou de R$ 27,757 milhões para R$ 2,118 bilhões. Todavia, somente no ano de 2010, o valor da produção de cobre da mina do Sossego foi responsável por cerca de 70% do PIB local. A produção de cobre em Canaã dos Carajás possui um caráter estratégico para o Brasil, pois tornou o país não apenas autossuficiente, como também, em exportador líquido de cobre. Já para a Vale, o minério de cobre é central para a reprodução das estratégias transnacionais da mineradora, o que a consolida em uma das empresas líderes neste setor. Contudo, apesar do intenso crescimento econômico ocorrido em Canaã dos Carajás este não foi acompanhado por uma melhoria, em igual magnitude, das condições locais de vida da sua população. Assim, a despeito da melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e dos demais indicadores selecionados para mensurar a evolução da qualidade de vida em Canaã dos Carajás, tal melhoria foi observada em ritmo semelhante, quando não maior, nos demais municípios que assim como Canaã compõem a Microrregião de Parauapebas. O que dificulta, portanto, realizar uma associação direta entre o crescimento econômico proporcionado pela mineração e a melhoria das condições locais de vida. Destarte, foi possível constatar que a mineração em Canaã dos Carajás não beneficia a totalidade da sua população, mas, fundamentalmente, os atores hegemônicos locais, nacionais e globais. Ademais, a dependência econômica que Canaã dos Carajás possui em relação à mineração, atividade esta que está baseada na exploração de um recurso natural esgotável, cujo preço é cotado em moeda estrangeira nos mercados internacionais, o coloca em uma situação de grande vulnerabilidade. Por fim, a partir de uma perspectiva espacial foi possível apreender que Canaã dos Carajás se consolida como mais um importante polo de produção mineral na rede logística construída pela Vale no Sudeste do Pará, cujo centro de comando e controle está no município vizinho de Parauapebas, o qual articula a produção mineral da Serra de Carajás desde a Estrada de Ferro Carajás até o terminal marítimo da Ponta da Madeira, no porto de Itaqui em São Luís do Maranhão, para finalmente alcançar os principais mercados consumidores globais.
Palavras-chave: Canaã dos Carajás; mineração; desenvolvimento; impactos socioeconômicos.   

2. AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE À INUNDAÇÃO DA BACIA DO RIO DAS OSTRAS, RIO DE JANEIRO
Autora: ANA CAROLINA LIMA DE SOUZA
RESUMO: O processo de expansão urbana que se intensificou no Brasil, sobretudo nas últimas décadas, tem proporcionado alterações ao ambiente, como desmatamento, poluição da água e do ar, aterramento dos corpos hídricos, entre outros, os quais acentuam as situações de riscos a desastres por ocasião de eventos naturais como episódios pluviais intensos. De acordo com o International Disaster Database, somente no ano de 2013 as inundações corresponderam a 48% do total de desastres naturais, em âmbito mundial. Segundo o Perfil dos Municípios Brasileiros do IBGE de 2012, Rio das Ostras foi atingido, em suas áreas urbanas, por dez grandes inundações num período de cinco anos, sendo o de 2008 com o maior número de edificações atingidas nas áreas urbanas. Além da rápida e desordenada expansão urbana, o território que abrange esta bacia hidrográfica apresenta características favoráveis à ocorrência de inundações, como elevados índices de pluviosidade, rios e córregos curtos e/ou com alta declividade, que drenam grandes quantidades de água para as regiões de baixada. Aos aspectos físicos somam-se a falta de políticas de planejamento urbano eficientes, sendo o processo de mapeamento das áreas inundáveis um instrumento essencial no controle e prevenção desta bacia hidrográfica. Portanto, este trabalho tem por objetivo identificar as áreas suscetíveis à inundações na bacia hidrográfica do rio das Ostras, visando fornecer subsídios ao ordenamento territorial urbano. O mapeamento final apresenta as áreas críticas e também define os demais graus de suscetibilidade à inundações na bacia, onde danos irreversíveis podem ser causados com as inundações.  
Palavras-chave: Rio das Ostras. Inundações. Suscetibilidade.

3. VETORES DE PRESSÃO URBANA NO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA – UMA ANÁLISE NOS ANOS DE 2001 E 2010.
Autora: VIVIAN SADDOCK DA SILVA
RESUMO: Por muitos anos, o Maciço da Pedra Branca sofreu com o processo de ocupação e devastação da região, iniciado no período colonial com a extração do Pau-Brasil com os sucessivos ciclos econômicos que o procederam. As primeiras iniciativas de proteção da área foram relacionadas à necessidade de preservação de mananciais da região, que abasteciam a cidade. O Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), criado em 1974, hoje ocupa cerca de 10% da área do município do Rio de Janeiro, representando a maior floresta urbana do país. Por estar inserida no domínio Mata Atlântica, apresenta ampla diversidade biológica e alto endemismo. O PEPB se encontra localizado no interior da malha urbana e por isso está sujeito a diferentes pressões, tendo como principal ameaça à preservação dos ecossistemas, a expansão urbana, que tem aumentado nas encostas em torno dos seus limites, através da favelização e da construção de residências de médio/alto padrão, além de sofrer outros impactos como caça, queimadas, biopirataria, entre outros.  Entendendo a importância desta área de preservação, buscou-se realizar uma análise da dinâmica espaço-temporal da transformação dos Usos da Terra no interior e entorno do PEPB, nos anos de 2001 e 2010. Como resultado, foi constatado que houve alterações nas diferentes classes analisadas entre os anos. Houve um aumento das “Áreas Naturais ou de Vegetação Natural”, de 3% entre os anos de 2001 e 2010 no interior do Parque, representando um acréscimo de 3,77 km² de áreas naturais. Já em relação ao entorno do Parque, a classe de “Áreas Artificiais ou Antrópicas” apresentou uma diminuição de 1% na Zona de Amortecimento de 3 km do Parque. Esta porcentagem corresponde a aproximadamente 3,45 km² de área ao redor do Parque que teria passado a ser “Área Natural” entre 2001 e 2010. Considerou-se então, a utilização de ferramentas de Geoprocessamento fundamental para análise desta área e passíveis de serem utilizadas para o diagnóstico de outras áreas, a fim de identificar a ocupação e a expansão urbana sofrida.

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