ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS
Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas
Defesa de Tese
A Escola Nacional de Ciências Estatísticas convida para a Defesa de Tese de intitulada: “Envelhecimento populacional, formação de poupança e aproveitamento da janela demográfica no Brasil: uma perspectiva keynesiana e kaleckiana”
Aluna: Adriana Maria Dassie
Data: 29 de Abril de 2022 – Sexta-Feira
Horário: 14h00m
Local: Por videoconferência
Resumo Tese: O objetivo principal da tese é fazer uma avaliação de como a formação e alocação de poupança, em um cenário de envelhecimento da população e de implementação de reformas no mercado de trabalho e no sistema previdenciário, impactam as condições de trabalho e de aposentadoria dos trabalhadores. As mudanças ocorridas na estrutura etária da população têm levado a um aumento da população idosa, ou seja, um aumento da razão de dependência idosa. Por outro lado, a população que está em idade ativa já não encontra as mesmas condições de trabalho, os mesmos direitos e garantias, existentes nos anos dourados do capitalismo. Neste período os indivíduos encontravam condições de trabalham que lhes permitiam planejar sua aposentadoria. Tanto as mudanças na estrutura etária quanto a reforma trabalhista, implementada no Brasil em 2017, somados a uma economia que passa por um processo de desindustrialização e de financeirização, não contribuem para que os indivíduos encontrem as condições necessárias e suficientes para perceber um rendimento do trabalho que seja seguro e suficiente para garantir o seu consumo presente assim como, as suas necessidades futuras, na fase da aposentadoria, ou seja completar seu ciclo de vida. O que se observou é que a reforma trabalhista, além de não aumentar a oferta de emprego, conforme foi anunciado como motivo de sua realização, tende a aumentar o número de trabalhadores que se encontram em empregos com características de precariedade como, a não contribuição a Previdência Social, trabalho sem carteira assinada, entre outros. Os trabalhadores que se encontram nessas condições de trabalho também estão sujeitos a insegurança previdenciária, causada principalmente pela informalidade do trabalho que não permite renda suficiente para garantir a contribuição mínima necessária para a aposentadoria.
Palavras-chave: Formação de Poupança. Trabalho Precário. Insegurança Previdenciária.
Dra. Angelita Alves de Carvalho (ENCE/IBGE) - Orientadora
Dr. Miguel Antônio Pinho Bruno (ENCE/IBGE) - Coorientador
Dra. Ana Carolina Soares Bertho (ENCE/IBGE)
Dra. Letícia de Carvalho Giannella (ENCE/IBGE)
Dra. Luana Junqueira Dias Myrrha (UFRN)
Dra. Denise Lobato Gentil (UFRJ)
Angelita Alves de Carvalho