ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS
Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas
Defesa de Tese
A Escola Nacional de Ciências Estatísticas convida para a Defesa de Tese de intitulada:
“Desigualdade de renda nas metrópoles brasileiras: condições de vida e segregação urbana”
Aluno: Raphael Villela Almeida
Data: 13 de Dezembro de 2021 –Segunda-Feira
Horário: 14h00m
Resumo Tese: As evidências internacionais apontam que entre os países mais ricos, as sociedades com menor desigualdade de renda apresentam maior bem-estar em saúde, melhores condições de vida e melhor desempenho educacional. Adicionalmente, a menor desigualdade de renda é benéfica para a relação população-ambiente. Neste sentido, haveria um efeito benigno da maior igualdade, o qual foi denominado como efeito igualdade. Estas evidências inspiraram a análise empírica sobre como a desigualdade de renda está relacionada com as múltiplas dimensões da vida social nas metrópoles brasileiras. A despeito dos avanços observados nas últimas décadas, o Brasil ainda figura entre as sociedades mais desiguais do mundo. As evidências relatadas na literatura relativas à estratificação social acentuada em função da renda na educação, no bem-estar em saúde e nas condições de doença e no risco de morte etc., são amplas e robustas para o caso brasileiro. E no contexto dos espaços urbanos, mas em particular das metrópoles, é nítida a correspondência entre desigualdade de renda e desigualdades urbanas, o que se verifica nos diferenciais de acesso em função da renda aos recursos mais básicos (e.g., saneamento, habitação, transporte etc.), mas também na dinâmica da segregação urbana. Neste sentido, esta tese se propôs a analisar em termos empíricos como a desigualdade renda se relaciona e afeta as condições de vida e o bem-estar das populações metropolitanas. As principais fontes de informações utilizadas foram a PNAD (2001-2015) e a PNADC (2016-2019), os resultados apontam que a desigualdade afeta muitos dos aspectos da vida social. Além desta análise, propôs-se investigar a dinâmica da segregação urbana com uso do variograma, método geoestatístico que permite avaliar a correlação espacial. A base utilizada foi o Censo Demográfico de 2010. Os resultados sugerem que os parâmetros e as demais medidas extraídas da função variograma podem ser interpretadas em termos da segregação urbana.
Palavras-chave: Desigualdade. Segregação. Metrópoles. Brasil.
Banca examinadora:
Dr. César Augusto Marques da Silva (ENCE/IBGE) - Orientador
Dr. Gustavo da Silva Ferreira (ENCE/IBGE) - Coorientador
Dr. Paulo de Martino Jannuzzi (ENCE/IBGE)
Dra. Julia Celia Mercedes Strauch (ENCE/IBGE)
Dra. Susana Beatriz Adamo (CIESIN)
Dr. Alisson Flávio Barbier (UFMG)
Coordenação de Pós-Graduação
César Augusto Marques da Silva