A ENCE tem o prazer de convidar para a palestra:
Economia do Compartilhamento e a inovação em Serviços
Palestrantes:
Alessandro Maia Pinheiro
Coordenador das Pesquisas Estruturais
Especiais em Empresas (IBGE)
Clician do Couto Oliveira
Tecnologista Sr da Coord. Metod.
Estat. Empr. Cad. Classificações (IBGE)
Dia: 09/12/2019 – segunda-feira
Horário: 16:00 - 17:30 horas
Local: Auditório ENCE – Rua André Cavalcanti, 106 - sala 306
Resumo: As inovações em serviços, que provocam grandes impactos na economia e sociedade, não são bem mensuradas pelos indicadores convencionais, a exemplo daquelas de natureza digital, financeira, organizacional, de marketing e as relacionadas a novos modelos de negócios. Observa-se o crescimento da chamada servitização da manufatura, entendida como a comercialização de serviços conjugados a produtos materiais, visando adicionar valor por meio da oferta de soluções completas ao cliente. Essas tendências impõem desafios à mensuração da inovação e cobram um melhor tratamento das características das inovações em serviços. Assim, as principais teorias sobre inovação em serviços procuram expandir as tipologias utilizadas em inovações industriais, assim como incorporar as especificidades das inovações em serviços. Essas especificidades envolvem características como intangibilidade, alta interatividade entre fornecedores e clientes e simultaneidade entre processo, produto e consumo.
A análise do impacto dessas inovações sobre a produtividade do trabalho aponta a existência de heterogeneidade estrutural entre os diferentes países e regiões. Apesar da incorporação de tecnologias de informação, muitos segmentos têm mantido indicadores de produtividade do trabalho relativamente estagnados. Contudo, o setor de informação desenvolve-se com alto grau de inovação e conduz outros setores a trajetórias mais dinâmicas e ao crescimento da produtividade. No Brasil, entretanto, há uma predominância do setor financeiro na dinâmica da produtividade dos serviços como um todo. Assim, reafirma-se o caráter não neutro do progresso tecnológico, pois o domínio de determinados conhecimentos científicos e tecnológicos está concentrado em poucas empresas e setores. Isso mantém e acentua relações de desigualdade econômica e social entre países e grupos de uma mesma sociedade.
A participação é aberta a todos.