A ENCE tem o prazer de convidar para a palestra:
As violências autoprovocadas por adolescentes da Baixada Fluminense: o caso de Duque de Caxias
Palestrante: Dayse Miranda - Coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção
Dia: 18/11/2019 – segunda-feira
Horário: 16:00 - 17:30 horas
Local: Auditório ENCE – Rua André Cavalcanti, 106 - sala 306
Resumo: A incidência de suicídio na adolescência e na juventude vem atingindo altos níveis, inclusive no Brasil. O Mapa da Violência de 2017, a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, revelou que entre 2002 e 2014, a taxa de suicídios de jovens (entre 15 a 29 anos) subiu de 5,1 por 100 mil habitantes para 5,6 – um aumento de quase 10% (ESCÓSSIA, F, 2017). É importante ressaltar que o fenômeno no Brasil não é recente nem isolado em relação ao que aconteceu com a população brasileira nas últimas três décadas. Em 1980, a taxa de suicídios na faixa etária de 15 a 29 anos era de 4,4 por 100 mil habitantes; chegou a 4,1 em 1990 e a 4,5 em 2000 (IDEM, 2017). Quinze anos depois, a taxa de suicídios de jovens chega a 6,13 por 100 mil habitantes. Houve um crescimento de quase 40%, entre 1980 a 2015.
Com base nesses dados, realizamos um estudo piloto com uma amostra de conveniência. Partimos do suposto de que a exposição às situações violentas aumenta a vulnerabilidade de jovens e adolescentes ao comportamento suicida. Foram entrevistados 78 adolescentes de 9 a 15 anos, moradores de áreas violentas do município de Duque de Caxias – RJ. Nosso objetivo principal foi compreender os fatores associados ao sofrimento psíquico de adolescente moradores de áreas pobres e violentas (com as maiores taxas de homicídios), como acontece em alguns bairros de Duque de Caxias. Dentre os achados interessantes, os relatos dos alunos revelaram que os episódios de bullying, por discriminação racial e ao conflito de identidade de gênero, aparecem associados aos casos de depressão, ansiedade, pensamentos suicidas e tentativas de suicídios declaradas pela população jovem entrevistada. Esse é um dado que merece ser investigado com mais profundidade.
A participação é aberta a todos.
Informações:
Tel.: 2142-4696 ou 2142-4691
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