Defesa de Dissertação de Maíra Mendonça da Rocha
ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS
Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas
Defesa de Dissertação
A Escola Nacional de Ciências Estatísticas convida para a defesa da Dissertação de Mestrado intitulada: “Metodologia para determinação de áreas prioritárias para vacinação contra febre amarela no Estado do Rio de Janeiro”.
Aluna: Maíra Mendonça da Rocha
Data: 24 de maio de 2019 – Sexta-Feira
Horário: 14h00m
Local: Ence - Rua André Cavalcanti, 106 – Sala 306 – Bairro de Fátima
Resumo da Dissertação: A febre amarela é uma doença endêmica de áreas tropicais nos continentes africano e americano. Causada por um vírus do gênero Flavivirus, da mesma família de doenças como dengue e zika, que têm como vetor mosquitos e hospedeiros primatas não humanos. Apresenta dois ciclos de transmissão principais, o urbano e o silvestre. No ciclo silvestre, a contaminação de humanos depende da entrada em áreas de mata onde estão presentes mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, no caso do Brasil, onde o ciclo urbano, cujo principal vetor é o Aedes aegypti, encontra-se extinto. Devido a sua alta letalidade, reemergência periódica e potencial epidêmico, a febre amarela é um problema para saúde pública e de notificação compulsória. O Rio de Janeiro não está incluído na área endêmica brasileira, mas com a mudança observada nas áreas de ocorrência, o estado tem sofrido com surtos recorrentes da enfermidade. Entre os meses de janeiro de 2016 e março de 2018, foram registrados 308 casos confirmados da doença, com uma letalidade de 32%. Desta forma, foi necessária uma ação de vacinação reativa que levou a recomendação de vacinação em todos os municípios visando aumentar a cobertura vacinal. Diante desses fatos é importante o desenvolvimento de uma metodologia de análise de risco e determinação de áreas prioritárias para vacinação contra febre amarela. Assim, o presente trabalho utiliza variáveis ambientais e sociais para construção de um modelo, através da regressão logística, que identifique as áreas onde a população se encontra mais propensa ao risco de contrair a febre amarela. Os resultados indicam que para o estado do Rio de Janeiro, as variáveis explicativas mais relevantes são a temperatura média mensal e a presença de casos de epizootia. Entende-se que esse modelo não necessariamente apresenta validade para outras localidades e pode ser melhor ajustado mediante acréscimo de outras variáveis.
Banca examinadora:
Dra. Julia Celia Mercedes Strauch (Ence/IBGE) – Orientadora
Dr. Cássio Freitas Pereira de Almeida (Ence/IBGE) - Coorientador
Dr. Gustavo da Silva Ferreira (Ence/IBGE)
Dr. Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva (Fiocruz)
Coordenação de Pós-Graduação
CÉSAR MARQUES